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sábado, 26 de outubro de 2013

O homem que guardava tudo



Ele tinha dinheiro de sobra
Por isto se achava o maioral
Escondia diamante e cristal

Era só dele; eternamente!
E por isto rebaixava os pobres
Enchia o peito e era esnobe

Tinha tudo e não queria nada
Farra, mulheres e luxúria...
Dos tristes não ouvia lamúria

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Boneca Sapeca um sonho impossível


Menina de olhos grandes que se extasiavam ao ver uma boneca
Afirmava para a mãe que quando a ganhasse se chamaria Sapeca
Todas as noites imaginava que embalava no colo aquele presente
A pobre mãe suspeitava que a filha por causa disto estava doente!

Família humilde que não possuía dinheiro para comprar brinquedo
A mãe trabalhava de lavadeira e todos os dias acordava muito cedo
O dinheiro era para adquirir alimentos, roupas e coisas necessárias
Era difícil a vida, pois a economia que eles presenciavam era diária!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Pensei que seria feliz por toda esta vida

Rondel

Eu cheguei e você me queria de coração
Pensei que seria feliz por toda esta vida
Corríamos no jardim e era tanta emoção
Ganhei uma casinha, conforto e comida

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Sou um anjo que tem a rosa da morte


Sou um anjo de olhar deprimente
Olho para o céu e não vejo a estrela cadente
Sou um anjo que nada fez para um dia estar assim
O cheiro da morte se mistura com a flor do jasmim

Sou um anjo que marcha nas brasas
Como voar? A dor roubou as minhas asas!
Sou um anjo que espera por um único milagre
Que este luto que eu trago comigo um dia se acabe

Sou um anjo caído no caminho
Todos partiram e eu fiquei sozinho
Sou um anjo que perambula no breu
Solucei quando vi que a poesia morreu

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Meu mundo de infância tão longe...


Saudade de uma época em que eu não precisava muito para ser feliz
Eu brincava de boneca e de amarelinha; no chão escrevia com um giz
Época em que a vitrola tocava músicas das mais lindas e sentimentais
Hoje algumas falam palavrão e a noite escuto más notícias nos jornais!

Eu não cuidei bem do meu coração!


Eu ganhei um coração
Eu queria mostrar o tesouro que eu ganhei
Não era de ouro e também não era de prata
Porém para mim era lindo; eu bem sei...
 


Era de plástico e não pulsava
Tinha a cor que eu mais gostava
O vermelho de uma flor
Ele representava a palavra amor!

 

domingo, 6 de outubro de 2013

Por favor, não interrompam quem criou a poesia!

Eu me transfiguro quando faço uma poesia
A realidade estaciona como uma fotografia
O choro fica aprisionado para um novo dia
E se há riso ele se corrompe na melancolia

Eu principio a intempérie num pôr do sol
Gero vento e sacudo as pétalas do girassol
O meu mundo espiritual às vezes é agitado
Não me interessa se lá fora está sossegado!

sábado, 5 de outubro de 2013

Eu tive sorte! "Versão 2"



Eu estava na mão do semeador
Ele selecionava a semente mais bela
Aquela que poderia se tornar uma flor

Eu estava disforme e mofada
Ele me lançou para longe e não teve dó
Declarava que eu não deveria ser plantada

O sol raiou e me ressecou mais ainda
Depois eu desafiei a violência da enxurrada
E tudo por causa da descrença 
de que eu não seria linda!

Porém surgiu um vento que me jogou na terra
Calculei que naquele ensejo a destruição era certa
Batalhei como um gladiador que enfrenta uma guerra

Senti o sol e a chuva de novo me atingindo
Na amargura a minha raiz se prendeu no chão
Pude experimentar a potência das águas caindo

Noutro dia eu sentia a paz, a calmaria
E o sopro já não conseguia me deslocar
Apreciei a alegria de ter sobrevivido da agonia

Nesta mesma condição eu fui crescendo
Galhos resistentes, folhas tenras e esperança!
A minha confiança aos poucos foi reaparecendo



E chegou a primavera; eu me fiz uma flor
O semeador que me desprezou por ali passou
Estremeci, naquele instante experimentei um pavor!

O meu sonho que nasce e que morre - " DUO" Hildebrando Menezes & Janete Sales



O meu sonho...
Tão perto e tão longe
Esvaiu-se e agora se esconde!
E reaparece em versos comoventes
Na simplicidade de uma alma que transcende
A nos mostrar que é possível sempre!

O meu sonho...
Tão vivo e tão morto
Desprezá-lo seria um aborto
Há que deixá-lo crescer dentro
Para que nasça um lindo rebento
A ensinar ao mundo ser decente

O meu sonho...
Tão real e tão imaginário
O meu prazer e o meu calvário
É tudo em mim do começo ao fim
Meu percurso e a minha estrada...
Os passos todos da jornada

O meu Sonho...
Tão inviável e tão desejado
O monte insólito a ser escalado
É o meu norte, minha bússola...
Picadas, desertos e encruzilhadas.
Todo meu diário e seu enredo.

O meu sonho...
Que desaparece e ressurge do nada
Que me faz prosseguir mesmo que tão cansada
É o meu gás, lépido e fugaz.
A gasolina que me movimenta e alucina
Que me dá e me tira a minha paz

O meu sonho...
Que encharca o travesseiro e faz sorrir a toa
Ás vezes confiança; outras vezes chuva fina de garoa
Companheiro das noites tristonhas
Das madrugadas insones
Que bafeja e sussurra palavras de acalanto

O meu Sonho...
Que nasce e que morre
Sorriso e lágrima que escorre
É tudo não sendo nada
De um poder sobrenatural
Que me eleva à divindade!

E finalmente me adormece em seu colo.

Janete Sales Dany & Hildebrando Menezes




Recebi este presente do meu Querido Amigo Poeta 
Hildebrando Menezes!
O meu primeiro dueto!
Para guardar eternamente na minha memória,
alma e coração!
Clique na imagem para ver este mesmo duo
no perfil de Hildebrando no Recanto das letras



Clique na imagem 
para ver este mesmo duo
no meu perfil no Recanto das letras

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Estrela onde foi que eu errei?

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Vai estrela! Se oculta de novo!
Deixa-me neste profundo sufoco
Quando brilhava era tudo para mim
Eu dormia sorrindo coberta de cetim


 Vai estrela! Brilha em outro céu!
Nem se incomoda; eu vou assim ao léu
Quando proseava comigo tudo tinha razão
Hoje longe, nem sente que arrasou um coração


 Vai estrela! Esconde de mim o seu ar!
Você me fez saber que eu ainda sei amar
Quando surgia o meu intimo fazia a maior festa
Hoje já me esqueceu; é só a saudade que me resta


 Vai estrela! Para o lugar que ninguém te vê!
Ainda assim nunca menospreze que eu amo você
Quando pressentia o teu calor eu sabia que era amor
Hoje sem a sua existência 
a natureza perdeu toda a cor


 Vai estrela! Eu fiquei sozinha no templo!
 E mesmo no abandono eu sigo o teu exemplo
Quando me mostrava o teu horizonte eu era feliz
Hoje a felicidade é uma flor que foi arrancada pela raiz


 Que saudade estrela! Onde foi que eu errei?
Posso morrer agora; porque um dia te encontrei
Quando me dizia coisas lindas era o que eu queria ouvir
Retorna numa tarde de primavera 
e faz a minha vida sorrir!
Janete Sales Dany

Poesia Registrada na Biblioteca Nacional 
Licença Creative Commons
O trabalho Estrela onde foi que eu errei? de Janete Sales Dany foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

http://caestamosnos54.blogspot.com.br/2014/03/xii-antologia-portal-cen-ca-estamos-nos.html 

Com esta poesia participei do Portal CEN

XII ANTOLOGIA PORTAL CEN 

"CÁ ESTAMOS NÓS" 

 MARÇO 2014



O meu sonho que nasce e que morre



O meu sonho...
Tão perto e tão longe
Esvaiu-se e agora se esconde!

O meu sonho...
Tão vivo e tão morto 
 Desprezá-lo seria um aborto

O meu sonho...
Tão real e tão imaginário
O meu prazer e o meu calvário