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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Soneto Solidão - Versos Decassílabos Heroicos




Solidão pesarosa, triste abrigo...
Eu pensava que a luz me acompanhava!
Jamais há quem entenda o meu perigo...
Sei que minha visão só delirava

Neste instante sou só, sou meu castigo...
Desabou todo céu que eu tanto amava
A loucura profunda anda comigo
E perdi o chão seguro que pisava...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Você me adotou e a morte nos separou...


Você se foi e agora eu não posso lhe esperar...
Fiquei sem dono e eu só quero lhe encontrar...
Não existe mais aquela alegria da chegada...
Do meu latido de farra e o som da sua risada!

Suas ordens eram leis; eu sempre obedecia...
O seu assovio era único; a mais bela melodia...
O meu uivo inútil ninguém pode compreender
Você nunca vai ouvir e eu não vou lhe esquecer



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vilarejo do Preconceito



Há muito tempo atrás...
Num vilarejo acontecia uma situação diferente...
As pessoas dali estavam imaginando um cenário estranho.
Uma senhora que aparecia do nada, uma visita permanente.
Uma hora estava de cabelo vermelho, noutra, castanho!
Passava lentamente, causando pânico naquela gente.
Uns diziam que ela era uma bruxa, outros, que era o tinhoso.
O apelido de assombração, quando surgia num dia chuvoso!
O vestido, às vezes, muito longo, varria as ruas daquele lugar...
Noutras vezes acontecia de aparecer quase nua...
Pele desenhada e aveludada a se mostrar.
Ela tinha um colorido vibrante, era feia, bonita e radiante...
Todos viam coisas infames, e a olhavam de modo inconstante.
Só por isto era chamada de louca, fêmea errante!
Cada dia ela representava uma ameaça, pavor na praça!
Nenhum deles dirigiu uma palavra sequer para aquele ser.
Diziam que era perigoso, sem ao menos a conhecer...

domingo, 15 de fevereiro de 2015

As diferenças só somam



Vamos somar em vez de dividir?
Estamos neste mundo para repartir...
Cada um do seu jeito
Isto demonstra respeito
As diferenças se completam
 Só somam e libertam...

Janete Sales Dany

Licença Creative Commons
O trabalho As diferenças só somam de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.



SONETO PRECONCEITO




Um mundo de aparência, sem valor...
Debocham do mais fraco, são mesquinhos!
Somos irmãos nascidos de um amor
Libertos neste chão farto de espinhos

Esqueça meu tamanho, minha cor...
A minha origem, quem são meus vizinhos...
E se sou pobre ou rico, por favor!
Facilite o meu eu, viva os teus caminhos...

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Brinque na Flor da Pele

Soneto Com Versos Decassílabos Heroicos
Vejo assim, vendaval dentro de mim...
Preciso me encolher, vou me esconder!
Emoção me puxando, meu eu sem fim...
O meu dorso nu só quer se estender!

 
Vou pender nos teus braços e morrer
Brinque na flor da pele, meu jasmim!
A míngua cobre o corpo do meu ser
Chegue perto, mais perto do meu fim!


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Soneto Instinto Predador



Moça de olhar bonito que brilhava
Tinha a cintura fina, airosa flor...
Mas dentro dela o mal predominava
Era fácil fingir que tinha amor

A beleza de fora fascinava
Um segredo, lá dentro, só rancor!
E assim de todos, ela debochava...
Mal na mente do instinto predador


Brasil terra esquecida


Brasil terra esquecida
Soneto Com Versos Decassílabos Heroicos
Esta fome na esquina, escancarada!
Não vejo a flor nascendo neste chão
O trabalhador triste, sem morada...
Homens falsos roubando esta nação

Carece tudo nesta palhaçada...
Sem água, sem justiça, e até sem pão!
E Foram escolhidos para nada?
Senhores ouçam nossa comoção!

Brasil, terra esquecida e tão sofrida...
Políticos não sentem a ferida
Não trafegam num ônibus jamais

A vida deles é de mordomias
Sabemos que as promessas são vazias
E o povo irá esquecer nos carnavais...


Janete Sales Dany 

Poesia@protegida por lei
Licença Creative Commons
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Este poema fiz destinado a todos os políticos corruptos,
CHEGA DE MENTIRAS... DE PROMESSAS VAZIAS...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Meditar é um milagre...

É sublime, a obra que eu estou lendo...
Porque graças a ela vi o amor florescendo
Aventuras inusitadas desde o começo
E sendo assim, desta, eu não esqueço!

Nesta página aberta, tem a lua...
À noite o pescador procura a sereia nua.
Fico aqui pensando se existe este encanto!
Diva que perante o luar vai entoando um canto...

Leitura prazerosa, nela, eu vi o desabrochar da rosa...
O autor estava inspirado, expôs um mundo encantado.
Jamais esquecerei a visão do arco-íris depois do temporal
Aquele capítulo parecia ter vida e matizou o meu mundo real

Como posso esquecer uma história de amor tão bem contada?
O escritor insistiu em fazer uma serenata à pessoa amada...
Quero apreciar este livro, viajar nestas linhas distantes...
Imergir neste universo de luz e jamais serei como antes!

Estas flores sobre a mesa parecem que saíram da obra...
A minha mente sonhadora nutre tudo do trecho, e desdobra!
Meditar é um milagre, e é o que acontece comigo agora...
Senti que algo em meu íntimo renasceu, insigne aurora!

Janete Sales Dany
Poesia @ protegida por lei
T5131856
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 Prêmio que recebi por participar do certame 
Antologia Imagem e Literatura nº 33: 
Deep in Thought
Site PEAPAZ

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Soneto Estátua Imortal



Estátua inerte, sim, presa no chão.
Já te picharam, nem se preocuparam...
Lesada eternamente, que aflição!
Já te quebraram, nem te consertaram...

Já quis pedir amparo, mas foi em vão!
Pois não tem lucidez, te desprezaram...
Nada pode exprimir, que ingratidão!
Cessou todo esplendor, te abandonaram...

Clama por sensatez, algo inviável!
Vive na solidão, dor incurável!
Nem mesmo tem a lágrima que escorre...

Tolerou desamor, um pontapé!
Racharam o teu braço, atura em pé?
Desdenharam que pedra nunca morre...

Janete Sales Dany
T5130367 
Poesia@protegida por lei
Registrada e imortalizada na
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
No Livro: Vilarejo do Preconceito e outras
Página: 10 Registro: 671941
Licença Creative Commons
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Meus Sonetos em versos decassílabos heroicos
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A rosa morreu e o cravo chorou...




A paz reinava naquele lar, casinha simples, mas repleta de amor!
Um casal jovem, que vivia sonhando com um futuro promissor...
Ela amava o jardim e nele plantava muitas rosas coloridas.
Ele trabalhava no campo e assim eles viviam a vida.
À noite se amavam e matavam o desejo.
Ela saciava a vontade do beijo!

Certo dia, ele voltou da lida e encontrou a querida caída...
Meu Deus, o amor morreu... O maior bem da vida!
Lágrimas desciam do olhar daquele homem apaixonado.
E o que ele mais amava no mundo teve que ser enterrado!
O jardim de rosas ficou solitário, e sem cuidado...
Porém, uma delas estava mais vistosa, imagem primorosa!

Rosa vermelha aberta e mostrava o amor.
Era ela, a mulher que ele amava, nascendo na flor!
Pétalas suplicando para que ele se aproximasse...
Ele sorriu, e quem sabe o amor ali para sempre ficasse?
O corpo dela vestido de vermelho, que encanto!
Teria que morar ali eternamente, e ele a desejava tanto...

Ficou alucinado; já não comia e nem dormia mais...
Medo de alguém entrar no jardim e roubar a paz!
Rosa vermelha que clamava por amor, linda flor...
E assim se passaram os dias e ele tinha ciúmes até do beija-flor!
Magro, olhar fundo, sem sorriso e morrendo de desejo.
Uma saudade imensa, da boca e do beijo.

Então, o mais certo aconteceu. De pesar aquele homem morreu...
Foi enterrado no cemitério ao lado daquela que ele tanto amava.
No jardim da casa, depois de alguns dias, uma nova planta brotava.
Nasceu um cravo que suplicava por amor.
Tinha um olhar de clamor, era ele, que procurava pela linda flor!
Foi em vão! Com a ausência dele, a rosa morreu e perdeu a cor...

O cravo chorou, pois ficou tão sozinho; dela, só ficou o espinho!
O anseio foi tanto, que afogou o jardim inteiro com o pranto...
O tempo passou! Todos tem medo. Casa abandonada, um horror...
No jardim dela tem um ser estranho que grita de dor!

Janete Sales Dany
Poesia@protegida por lei.
04/02/2015
Poema que participa do Site PEAPAZ
POETAS E ESCRITORES DO AMOR E DA PAZ
No certame:
Ficção Fantástica n° 3: Conto curto, com inspiração na imagem
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O trabalho A rosa morreu e o cravo chorou... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.