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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Soneto Mar - Decassílabo Heroico

A brisa do mar traz uma saudade
Aroma a percorrer todo o meu ser
O tempo levou minha mocidade
Sinto que passou sem eu perceber

Onda que se aproxima e só me invade 
E traz momentos que tento esquecer
Tantos rostos que estão na eternidade
Saudade que desponta a me escolher

domingo, 20 de dezembro de 2015

O mal se transformou no bem


Ele estava de um lado do rio profundo
Do outro, havia um inimigo de olhar imundo
Como poderia atravessar e matar o mal?
Algo que acontecesse e parecesse acidental...

Então decidiu que construiria uma ponte!
Queria apagar aquele ser do horizonte...
A construção teria que ser vagarosa
Pouco dinheiro, para uma despesa valiosa!

E aos poucos foi construindo o intento
Ao mesmo tempo o olhar ficava bem atento
Nas manhãs o homem odiado nem o percebia
Mas ele, sim, o examinava de noite e de dia...

Trabalhava debaixo do sol feroz
Dele, frases de ódio nasciam na voz...
 Dizia para si mesmo:
Vou te alcançar e vou te matar...

Ah, se soubesse nadar, fácil, seria...
Atravessaria a nado sem pestanejar..
Aquele ser maldito ele destruiria!

Certo dia, do outro lado uma mão a acenar...
O homem odiado se ofereceu para ajudar?
Que audácia, pensou... Ele quer é se matar!

A ponte quase pronta e ele tão cansado...
Pisou em falso, poxa que desalmado!
Perdeu o equilíbrio, caiu e ia morrer afogado!

Mas o homem do mal sabia nadar...
Pulou na água para o salvar...
Enfim, não morreu, o mal o salvou!!!
E nos braços do ser malvado ele chorou...

O mal se transformou no bem
Será que é isto?
Quando vemos alguém...
Enxergamos nosso próprio espírito

Para os que constroem pontes assim...
Saibam que estão projetando o próprio fim!
Se amamos, quase todo mundo é amor
Se odiamos, qualquer um é malfeitor

Hoje já não sei mais odiar
Temo afastar de mim quem quer me amar...
Tenho cuidado com que a mente me faz enxergar

Quero construir pontes para que um abraço possa alcançar
Nas águas da perversidade jamais saberei nadar

Que eu seja aquele que carrega nos braços o que ia se afogar!

Janete Sales Dany
Todos direitos reservados
Poema registrado na Biblioteca Nacional
no livro "Cântico da Eternidade e outras"
Página 17

sábado, 12 de dezembro de 2015

Belo Hino que Amo - Soneto Decassílabo Heroico e Acróstico





B-Belo hino que flui da minha emoção
E-Estou feliz e o instante é singular
L-Lá estão os anjos ouvindo esta canção
O-Olho no alto e começo a celebrar

H-Hoje tem paz no nosso coração
I-Iluminar é usar o verbo amar
N-Na noite de Natal faço a oração
O-O clamor traz um pranto em nosso olhar

Q-Quero a felicidade aqui na terra
U-Um povo na paz nunca quer a guerra
E-Eu quero manter viva esta esperança

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Minha segunda participação na Antologia do Grupo Editorial Beco dos Poetas: "A Lua Sobre Nós"

É com alegria
que estou divulgando a minha presença:
Antologia do Grupo 
Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda:
"A Lua sobre Nós ".

Este é o meu segundo livro 
e participo juntamente com outros poetas.




domingo, 6 de dezembro de 2015

Prece de Natal de um Menino de Rua - Acróstico


Pai do céu, hoje é noite de Natal...
Ruas com um brilho sem igual
E as pessoas correm e não me olham
Caminho vendo as vitrines com brinquedos
E os donos das lojas não gostam, eles sentem medo!

Deus, eu não quero roubar!
Eu só quero admirar, já que não posso comprar...

Não posso comer aquelas guloseimas da doceria
As pessoas me tratam com tanta grosseria
Tenho vontades e só quero olhar
A minha mãe nunca pode me dar
Lá no céu tem uma estrela brilhando

Deus há de cuidar dos pequeninos que estão chorando...
Eu peço que Jesus me dê forças para suportar a rejeição

Um moço teve compaixão e me deu um pedaço de pão
Meu pai do céu há de proteger as crianças sem moradia...

Menino Jesus, dizem que Ele nasceu neste dia!
Eu me ajoelho no asfalto duro para orar
Não quero muito do Papai Noel
Isto que vou pedir é como ter o céu
Nas noites frias um abrigo para me aquecer
O café quentinho para eu beber...

Deus, o meu irmãozinho morreu de fome!
Eu não quero morrer assim...

Rezo por ele, pois teve um triste fim.
Um Feliz Natal, eu desejo para todos desta terra...
A paz um dia há de reinar e nunca mais teremos guerra!

Janete Sales Dany


Licença Creative Commons
O trabalho Prece de Natal de um Menino de Rua - Acróstico de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Poema feito para participar da AkROSPEAPAZ
Acrósticos com o tema Feliz Natal e Próspero 2016

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Guerra, lágrimas sem fim...


Nascemos do amor.
Já existimos desde o momento em que há a fecundação.
O espermatozoide penetra no óvulo...
E lá estamos nós, esperando que o tempo passe para nascermos neste mundo.
O nascer é tão intenso que existe o choro, para dizer: 
—Estou aqui, me ame!
Se afloramos do amor, por qual razão a vida nos estimula para o ódio?
Desde criança você tem sua família, você cresce com o intento de aumentá-la...
E tudo isto é por amor, somos seres humanos trocando ideias, almejando sonhos.
Ganhando a vida e ao mesmo tempo também a perdendo!




Não me diga que um homem quer ir para a guerra.

Não faça verter dos meus olhos lágrimas sem fim...