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Terei nascido num lugar sem gente?
Sou sozinho, quem pode ser meu pai?
Sempre invento uma mãe na minha mente,
pode ser Natal, mas o pranto cai.
Alguém afirmou que sou má semente,
Se me aproximo todo mundo sai...
O sol queima o meu rosto e como é quente!
Querem me rejeitar e a fé se esvai.
Se mostro que sou bom, eu sou fingido!
Não sou marginal, sou ser esquecido.
Descanso no chão... Tenho tanta fome!
Não sei ler e não posso ser um réu.
As nuvens mostram frases lá no céu,
tento decifrar qual é o meu nome...
Janete Sales Dany
Poema@protegido por lei
T5411658
São Paulo - Brasil 23:15hs
Poema registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional
No livro " Cântico da eternidade e outras" Página 05
figura bastante comum nas ruas de São Paulo na época.