quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Soneto Alexandrino Abismo de Lamento


Observe o meu olhar e terá a verdade,
Trago um cansaço extremo, e o dano me procura,
Pisei num chão estranho e perdi a liberdade,
Socorro, estou com medo e só quero uma cura!

E não há sorte alguma, adeus felicidade.
Não entre neste mundo, um trilho de loucura!
Vejo o que ninguém vê; mistério na cidade...
Entrei querendo amor, um pouco de doçura.

Queria uma presença e pensei que era a chance,
Não entre neste mundo, é a sombra da morte!
Um veneno letal, máscara de romance...

Oro na luz da rua e quero um livramento,
Observe o meu olhar e talvez me suporte,
Nem sempre fui assim: abismo de lamento...

Janete Sales Dany

Soneto@Registrado e imortalizado
na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
No livro: Soneto esperança e outras
Página: 05  Registro: 793.776


Na imagem o exemplo da métrica poética
Escansão, utilizada no soneto alexandrino:

Oro na luz da rua e quero um livramento
O/ro/ na/luz /da/ RU/a e /que/ro um/ li/vra/MEN/to
Observe o meu olhar e talvez me suporte
Ob/ser/ve o/meu/o/LHAR/e/tal/vez/me/su/POR/te
Nem sempre fui assim, abismo de lamento...
Nem/sem/pre/fui/a/SSIM,/a/bis/mo/de/la/MEN/to...

Acentuação tônica na sexta e décima sílaba
Dois hemistíquios, poema com catorze versos.



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O trabalho Soneto Alexandrino Abismo de Lamento de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.



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