Sem rega, sem amor, tão triste a solidão
Ás vezes tinha sol... E chuva, só com sorte
Desprezavam sem dó, mundo de ingratidão
E assim, ficou sem luz, padecendo sem norte
Romper o chão, nascer? Nunca, quanta ilusão!
Tempo passou veloz, e nada que conforte
Mas algo reluziu, surgiu outra estação...
Primavera de amor, e a essência protestou:
–Eu descobri, sou flor! Meu sonho começou...
A semente explodiu, despertou para a vida
O céu quis proteger... Trouxe a chuva bendita!
Luz do sol aqueceu... Compaixão infinita!
Uma benção de Deus! Nunca foi esquecida...
Janete Sales Dany
Poema@ todos os direitos reservados
Registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional
do Rio de Janeiro no livro:
"Soneto Lobo do Gelo e outras"
Página 07
Poema@ todos os direitos reservados
Registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional
do Rio de Janeiro no livro:
"Soneto Lobo do Gelo e outras"
Página 07
Es/que/ci/da /na /te/rra, e/ pron/ta /pa/ra a/ mor/te
Sem/ re/ga,/ sem/ a/mor/, tão/ tris/te a/ so/li/dão
Ás /ve/zes/ tin/ha /sol/... E/ chu/va,/ só/ com/ sor/te
Des/pre/za/vam/ sem /dó/, mun/do/ de in/gra/ti/dão
E a/ssim/ fi/cou/ sem/ luz/, pa/de/cen/do/sem /nor/te
Rom/per/ o /chão/, nas/cer?/Nun/ca,/ quan/ta i/lu/são!
Tem/po/ pa/ssou/ ve/loz, /e/ na/da/que/ con/for/te
Mas/ al/go/ re/lu/ziu,/ sur/giu /ou/tra es/ta/ção...
Pri/ma/ve/ra/ de a/mor/, e a e/ssên/cia/ pro/tes/tou:
–Eu/des/co/bri,/sou /flor/! Meu/ son/ho /co/me/çou...
A/ se/men/te ex/plo/diu,/ des/per/tou/ pa/ra a/ vi/da
O/ céu/ quis/ pro/te/ger.../Trou/xe a /chu/va/ ben/di/ta!
Luz /do /sol/ a/que/ceu.../Com/pai/xão/ in/fi/ni/ta!
U/ma/ ben/ção/ de/Deus!/Nun/ca/ foi /es/que/ci/da...
Por Janete Sales Dany
Por Janete Sales Dany
Sílabas tônicas que são obrigatórias na 6ª e 12ª sílabas
14 versos, 4 estrofes
Algumas vogais se unem e são separadas
de forma diferente da contagem silábica gramatical
Neste soneto um exemplo vou dar
separação de sílaba poética "escansão" :
Esquecida na terra, e pronta para a morte
Esquecida na terra, e pronta para a morte
Es/que/ci/da /na /TE/rrA, E/
pron/ta /pa/ra a/ MOR/te
pron/ta /pa/ra a/ MOR/te
Dois hemistíquios cada um com 6 sílabas
Neste verso a elisão foi feita com a vogal "A e E"
Esquecida na terra, e pronta para a morte

O trabalho A Semente - Soneto Alexandrino de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Como sempre, um trabalho primoroso! Parabéns! Belíssimo poema!
ResponderExcluirBom dia querida amiga escritora Mirian Menezes. Obrigada, sempre generosa! Uma honra ter a sua presença aqui, iluminou minha manhã! Um fim de semana repleto de paz, volte sempre Grande abraço
Excluir