Escuto a chuva e nunca me umedece...
Quando desce, parece com meu pranto.
Vejo o clarão do sol, mas não me aquece...
Nesta aflição, jamais solto o meu canto!
Olho o horizonte, logo que amanhece
Tenho asas presas, tanto desencanto!
Sempre encaro a prisão que me entristece,
eu quero liberdade de um céu santo...
Noutro tempo, no jângal, tinha um ninho.
Hoje tenho castigo e estou sozinho...
Será que ninguém vê meu desalento?
Nasci para vencer a imensidão —
triste hora que adentrei num alçapão.
Sonho tanto em sentir amor do vento...
Janete Sales Dany
Poema@registrado na Biblioteca Nacional
No livro: Soneto Amor eterno e outras
EXEMPLO DE MÉTRICA POETICA,
DESTE SONETO DECASSÍLABO HEROICO:
Quatro estrofes
Duas de quatro versos
Duas de três versos
Com acentuação tônica:
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