e para lá eu fui de mudança
E naquele quintal imenso
eu plantei as flores da esperança
O meu sonho mais sonhado,
finalmente eu havia encontrado
O meu lar com muito amor eu comecei a enfeitar
Os três primeiros anos foram de muita alegria
A minha casa estava finalmente do jeito que eu queria
O jardim enfeitado com flores de todas as cores;
E naquele quintal imenso
eu plantei as flores da esperança
O meu sonho mais sonhado,
finalmente eu havia encontrado
O meu lar com muito amor eu comecei a enfeitar
Os três primeiros anos foram de muita alegria
A minha casa estava finalmente do jeito que eu queria
O jardim enfeitado com flores de todas as cores;
era lindo de se olhar!
Não faltava mais nada para a felicidade me abraçar
Mas o tempo passou e algo mudou
Eu sentia, eu percebia; mas não queria enxergar
Ouvia, mas não queria escutar
Sons e ruídos que vinham do lado de lá
E aquele pequeno transtorno, eu decidi ignorar
Quem sabe esquecendo, aquilo tudo iria passar?
E tudo o que eu mais temia me acompanhava,
e apavorada eu fugia
Só que de ruídos então passaram
a ser estrondos e isto era todo dia
Não faltava mais nada para a felicidade me abraçar
Mas o tempo passou e algo mudou
Eu sentia, eu percebia; mas não queria enxergar
Ouvia, mas não queria escutar
Sons e ruídos que vinham do lado de lá
E aquele pequeno transtorno, eu decidi ignorar
Quem sabe esquecendo, aquilo tudo iria passar?
E tudo o que eu mais temia me acompanhava,
e apavorada eu fugia
Só que de ruídos então passaram
a ser estrondos e isto era todo dia
As paredes falavam, porém eu fingia não escutar
Um barulho que me tirava o sono
e não me deixava pensar
Eram as vozes do ódio com ferros e pregos a se misturar!
E para me acalmar nas claras manhãs...
só os comprimidos eram bem vindos
E o meu pavor foi crescendo, sem dimensão
O ponteiro do relógio não andava,
aumentando a minha depressão
Quanto eu mais rezava,
aquele fantasma vinha me assombrar
E eu já não mais existia,
eu era o próprio medo a me arrastar
Nas paredes do corredor
Quanto eu mais rezava,
aquele fantasma vinha me assombrar
E eu já não mais existia,
eu era o próprio medo a me arrastar
haviam mãos que estavam prontas para me puxar
À noite pesadelos estranhos;
À noite pesadelos estranhos;
uma criatura agarrada no teto a me fitar
Então um dia eu decidi,
Então um dia eu decidi,
ir para rua para esquecer um pouco o tormento
Porém quando eu voltei,
Porém quando eu voltei,
a casa parecia que ia cair a qualquer momento
Tremia, ruía, balançava
Tremia, ruía, balançava
e tudo naquele ambiente parecia querer me expulsar
E o susto foi tão grande que eu me ajoelhei
e cheguei a vomitar!
Ali eu já não me sentia sozinha,
E o susto foi tão grande que eu me ajoelhei
e cheguei a vomitar!
Ali eu já não me sentia sozinha,
sombras obscuras me acompanhavam em todo o lugar
E dentro de casa com muito medo, eu andava devagar
No quintal eu ouvia as vozes dos homens
E dentro de casa com muito medo, eu andava devagar
No quintal eu ouvia as vozes dos homens
que estavam na fábrica a trabalhar
Barulho de ferros, brocas e metal;
Barulho de ferros, brocas e metal;
muitas risadas e todas elas eram para me assombrar!
em uma mulher sem nenhum horizonte
Suja, triste, sem esperança e sem fome
Pelos móveis da casa
se espalhavam os meus comprimidos
E assim se passaram sete anos,
entre prensa, martelos e ruídos
E as vozes e as risadas se transformaram em gritos
A casa dos meus sonhos tinha se transformado no inferno
Morreram as flores, e o meu jardim com cores obscuras
E assim se passaram sete anos,
entre prensa, martelos e ruídos
E as vozes e as risadas se transformaram em gritos
A casa dos meus sonhos tinha se transformado no inferno
Morreram as flores, e o meu jardim com cores obscuras
só conhecia o inverno!
Como eu sobrevivi?
Hoje eu estou viva e posso lhe contar!
Eu fugi!
E a fábrica se encontra no mesmo lugar!
Como eu sobrevivi?
Hoje eu estou viva e posso lhe contar!
Eu fugi!
E a fábrica se encontra no mesmo lugar!
Janete Sales "Dany"
Cradle of Forest
O trabalho A casa dos sonhos? By Dany de Janete Sales Dany foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Eu gosto de inverno.
ResponderExcluirBom dia Fábio!
ResponderExcluirSim tem muita gente que prefere o inverno ao invés da primavera ou verão!
Mas na minha poesia ele demonstrou a morte das minhas flores que eu cultivei com tanto amor, era rosas, amor perfeito, margaridas estava muito lindo, você não pode imaginar o quanto!
Morreram todas por causa da minha depressão eu não cuidei mais delas e assim se fez inverno para sempre no meu jardim!
Obrigado pela visita ao blog Dany
Boas festas e um Feliz Natal
Um grande abraço
Dany