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sexta-feira, 21 de maio de 2021

A LUZ DO BEIJA-FLOR


Contemplo o beija-flor repleto de alegria,
de flor em flor procura o bálsamo da vida...
Parece que me entende e fico enternecida, 
o instante é cintilante, a paz me contagia.

Vem, pássaro divino, amansa a pandemia!
Em cada voo seu encontro uma saída,
desejo amenizar a lágrima caída.
A sua liberdade é tudo que queria...

Esqueço a dor se vejo o belo beija-flor,
repleto de lirismo, em tudo encontra amor.
Em cada flor que beija, afasta a desventura...

Nas asas deste ser, o sonho prevalece,
pois na leveza traz a essência de uma prece.
No canto tem ternura e exalta a luz da cura!

Janete Sales Dany
Soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
Conteúdo autoral, 
protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.

Licença Creative Commons

O trabalho A LUZ DO BEIJA-FLOR de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional

MÉTRICA:
Ritmo binário - ALEXANDRINO
Es/que/ço a/ dor /se /ve/jo o/ be/lo/ bei/ja/-flor,
Esqueço a dor se vejo o belo beija-flor,
Tônicas somente nas pares.
ESQUEMA DE RIMAS: 
ABBA/ABBA
CCD/EED



ATIVIDADE: 

FÓRUM DO SONETO

TRILHA XXXV:

 AUTA DE SOUZA

O Beija-Flor

Acostumei-me a vê-lo todo o dia
De manhãzinha, alegre e prazenteiro,
Beijando as brancas flores de um canteiro
No meu jardim – a pátria da ambrosia.

Pequeno e lindo, só me parecia
Que era da noite o sonho derradeiro…
Vinha trazer às rosas o primeiro
Beijo do Sol, n’essa manhã tão fria!

Um dia, foi-se e não voltou… Mas, quando
A suspirar, me ponho contemplando,
Sombria e triste, o meu jardim risonho…

Digo, a pensar no tempo já passado;
Talvez, ó coração amargurado,
Aquele beija-flor fosse o teu sonho!

AUTA DE SOUZA



O beija-flor, também é conhecido 
como cuitelo, chupa-mel, 
colibri,  chupa-flor, pica-flor e etc...

Soneto  A LUZ DO BEIJA-FLOR
Exemplo de rima rica:
Primeira estrofe:
Alegria- substantivo / Contagia- verbo
Vida-  substantivo / Enternecida -  adjetivo

Diferença entre rima rica e rima pobre:
Rica: Palavras que rimam são de classes gramaticais diferentes.
Pobre: Palavras que rimam são de classes gramaticais iguais

sábado, 8 de maio de 2021

REDENÇÃO


Presa na escuridão sem ver o dia,
perdi a porta certa, meu amigo!
Neste martírio a vida quase esfria,
meus olhos tristes rogam por abrigo.

Pressinto a dor — rancor que não queria...
A redenção escapa, mas persigo,
hei de encontrá-la atrás da estampa fria,
e assim, serei liberta do perigo!

Cada manhã jamais será perdida,
então terei a paz que solicito,
renascerá o encanto no infinito...

No peito sentirei a própria vida,
acordes no pulsar do coração,
cada momento não será em vão...

Janete Sales Dany
T7251137
Soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
Conteúdo autoral, 
protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.
CONCURSO NACIONAL DE SONETOS
A ACADEMIA CARIACIQUENSE DE LETRAS
(ACL) CERTIFICA QUE:
Janete Francisco de Sales Yoshinaga
(Janete Sales Dany)
participou do Concurso Nacional de 
Sonetos do Festival Semente Literária,
realizado na da 07de maio de 2021,
no auditório do centro Cultural Frei Civitella,
tendo alcançado a 5º colocação
com o soneto autoral REDENÇÃO


CONCURSO NACIONAL DE SONETOS
FESTIVAL SEMENTE LITERÁRIA 2021
Soneto classificado em 5º Lugar:
REDENÇÃO

REDENÇÃO
(MÉTRICA)

Presa na escuriDÃO sem ver o DIa,
perdi a porta CERta, meu aMIgo!
Neste martírio a VIda quase esFRIa,
meus olhos tristes ROgam por aBRIgo.

Pressinto a dor — ranCOR que não queRIa...
A redenção esCApa, mas perSIgo,
hei de encontrá-la aTRÁS da estampa FRIa,
e assim, serei liBERta do peRIgo!

Cada manhã jaMAIS será perDIda,
então terei a PAZ que soliCIto,
renascerá o enCANto no infiNIto...

No peito sentiREI a própria VIda,
acordes no pulSAR do coraÇÃO,
cada momento NÃO será em VÃO...

Janete Sales Dany
Decassílabo Heroico
Sílabas tônicas na 
sexta e décima sílaba.



Janete Francisco Sales Yoshinaga
Nome artístico: Janete Sales Dany

Biografia: Janete Sales Dany é natural de São Paulo Capital
Sempre gostou de escrever no decorrer da vida...
Começou a publicar os escritos na internet no ano de 2011.
Tendo vários recantos onde expressa a Arte Literária

Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO - Membro Fundador
Integrante da Diretoria
Cadeira nº 5 – Janete Sales
Patrono - Augusto dos Anjos

ACADEMIA INTERNACIONAL DA UNIÃO CULTURAL: Ocupa a Cadeira nº 41, Patrono Castro Alves.

ACILBRAS - Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil: Cadeira nº 663.

PRESENÇA DE JESUS

O tempo impõe um chão que não queria,
forrado de empecilho e desventura...
Encaro o mal medonho que procura
a minha face nesta cena fria.

Meu Deus, será que errei, pois nunca via,
naquele olhar, um gesto de loucura?
Eu pretendia o amor que só perdura, 
mas enfrentei a voz da rebeldia!

Na desavença surge o meu pecado,
porém retorno logo para a luz.
E o mal ainda espreita-me o caminho...

Pressinto o meu espírito cansado
a suplicar a vinda de Jesus-
quero sentir que não estou sozinho...

Janete Sales Dany
soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
T7250104
TRILHA XXXIV- GREGÓRIO DE MATOS

ATIVIDADE FÓRUM DO SONETO

A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido;
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Gregório de Matos



 
  Licença Creative Commons
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Soneto Decassílabo Heroico:

14 versos, dois quartetos, 
dois tercetos.

Separação de sílabas 
poéticas (ou escansão)

Sílabas tônicas : 6+10 
O tempo impõe um chão
que não queria,
O /tem/po im/põe/ um/ CHÃO
que/ não /que/RI/a,

Esquema de rimas:
ABBA ABBA CDE CDE


Soneto PRESENÇA DE JESUS
Exemplo de rima rica:
Primeira estrofe:
Queria- verbo / Fria- adjetivo
Desventura- substantivo / Procura-  verbo

Diferença entre rima rica e rima pobre:
Rica: Palavras que rimam são de classes gramaticais diferentes.
Pobre: Palavras que rimam são de classes gramaticais iguais

quarta-feira, 5 de maio de 2021

CARPINTARIA ALEXANDRINA


Soneto alexandrino? Encanto em cada verso...
Na rima brinda o som com pura primazia,
repleto de lirismo – o pranto do universo.
Exponho em cada estrofe a vida que vivia.

Qualquer palavra chula esqueço e, assim, disperso...
Costuro na emoção um traje que extasia.
Preciso do rigor, senão terei o inverso,
então será somente a livre poesia.

Às vezes, a cesura exibe-se imperfeita,
jamais vacilo, apago a imprecisão sem dó.
Soneto não parece o ramo de um cipó,

que segue se envergando e nunca se endireita.
É necessário ter enorme disciplina,
se quero o alexandrino ornando a minha sina...

Janete Sales Dany
Soneto@todos os direitos reservados
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protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.

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Soneto Alexandrino:

Vídeo declamacão
Explicando as regras:
 Logo depois da sexta sílaba 
tônica ( cesura) do primeiro hemistíquio, 
começa a contagem do segundo hemistíquio.
Em cada verso devemos obedecer a regra:
 Hemistíquio com seis sílabas)
O primeiro hemistíquio pode terminar em oxítona:
Costuro na emoção um traje que extasia.
Costuro na emo/ção/ um traje que extasia.
Ou terminar com uma paroxítona: 
repleto de lirismo – o pranto do universo.
repleto de liRIS/mo – o/ pranto do uniVERso.
O primeiro hemistíquio jamais 
pode terminar com uma proparoxítona.
ATIVIDADE ABRASSO
SONETO METALINGUÍSTICO 
ALEXANDRINO
FALANDO SOBRE SONETO
Soneto exemplar, 
do grande mestre Olavo Bilac:
 fonte de inspiração para a atividade!

VANITAS

Cego, em febre a cabeça, a mão nervosa e fria,
Trabalha. A alma lhe sai da pena, alucinada,
E enche-lhe, a palpitar, a estrofe iluminada
De gritos de triunfo e gritos de agonia.

Prende a idéia fugaz; doma a rima bravia,
Trabalha... E a obra, por fim, resplandece acabada:
"Mundo, que as minhas mãos arrancaram do nada!
Filha do meu trabalho! ergue-te à luz do dia!

Cheia da minha febre e da minha alma cheia,
Arranquei-te da vida ao ádito profundo,
Arranquei-te do amor à mina ampla e secreta!

Posso agora morrer, porque vives!" E o Poeta
Pensa que vai cair, exausto, ao pé de um mundo,
E cai - vaidade humana! - ao pé de um grão de areia...

Olavo Bilac, in "Poesias"