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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Ode que saiu da alma - Soneto Decassílabo Heroico


Vislumbro o céu tão azul que tanto encanta
Quero sentir a paz neste meu ser
Exalto e sinto que toda alma canta...
Linda canção que faz enternecer!



E logo que o sol nasce e se levanta
Faz em mim a esperança renascer
Pois nesta hora a certeza se agiganta
Estou vivendo para florescer


Girassol que embevece no terreno
Que amanhece molhado de sereno
Persisto deste modo nesta vida


Semente que rompeu para florir
Tenho ternura e amor, vivo a sorrir...
Ás vezes choro, mas sano a ferida!

Janete Sales Dany
Poema@Protegido por lei
Registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional 
no livro: Soneto mar e outras
T5555455
25/02/2016 ás 22:45 hs
São Paulo - Brasil
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Soneto Gótico - Decassílabo Heroico



Sinto o gelo do túmulo esquecido
Nesta noite jamais ficará só
A vida e a morte aguçam meu sentido
No cemitério loto a mão de pó

 

Um corvo comparece e está ferido
Encara o meu semblante e sente dó
E percorre o meu chão sem colorido
Bate as asas com medo e fico só

 

O amor se foi na curva da aflição
Eu carrego um punhal no coração
Aquele beijo intenso vive em mim

 

Eu sinto o vulto dentro do meu ser
Aos poucos, consumindo o meu viver!
Aguçando a atração que não tem fim...

Janete Sales Dany
25/02/2016 São Paulo - Brasil
T5555450

Poema@protegido por lei
Registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional 
no livro: Soneto mar e outras
As 22:43 hs
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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Soneto Fera Cativa - Decassílabo Heroico


Atrás das grades um olho me atenta
A prisão me afastou da natureza
O riso sem razão só me violenta
Humanos que me fecham na tristeza

Meu urro desesperado é dor que ostenta!
Mostro as garras num ato de defesa!
Exponho o rancor, sou fera sedenta...
Tiram fotos e pensam que há beleza

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A menina pobre e a bordadeira...



Numa cidade do interior existia uma menina pobre, vestida de trapos.
Os olhinhos viviam a pedir socorro para a sociedade, que infelicidade...
Ficava na pracinha com as mãos estendidas a pedir auxilio.
Tinha fome, tinha sede e ás vezes sentia frio.
A menina começou a notar alguém que ia com frequência naquele lugar.
Uma senhora que sentava no banco da praça e começava a bordar.
A menina pensava que a bordadeira jamais a veria...
Bordava todos os dias e sempre sorria.

Pensava:
-Borda bordadeira que nunca vai me ver
-Borda o que quiser; borda até o anoitecer!
-Todos não me enxergam e quem vai me perceber?

A menina deixou de estender a mão, cansou de pedir.
Na verdade sentia ódio daquela que só ficava a sorrir 
Bordava sorrindo e nunca olhou as mãozinhas pedindo
O inverno estava chegando e o frio maltratando.
Roupa rasgada não cobre nada e a menina ficava chorando...
Numa tarde gelada, a bordadeira chegou, olhou para menina e sorriu!
A pobrezinha disse: 
-Que foi? Sou pobre e sinto frio, parece que nunca viu!
E dos olhinhos escorreu um pranto, era a dor de ser desprezada.
A mulher disse:
-Não chore, com todo carinho, eu bordei para você este vestidinho!
Todos os dias eu imaginava ele em você e me enchia de alegria, 
é por isto que eu sorria!
A menina vestiu o vestido e não sentiu mais frio...
O coração aquecido já não estava vazio
A bordadeira bordava o sonho que ela sonhava!
No momento era o que mais precisava...

Quantas das vezes enxergamos no sorriso do outro um desprezo?
Pode ser que este sorriso estava querendo nos fazer sorrir...
O arco-íris nem sempre está no céu, ele espera a hora de colorir...
A ilusão de que ele nos despreza acaba depois de uma tempestade
Ele surge no elevado quando somem as nuvens e vem à claridade!

Janete Sales Dany
Conto@protegido por lei
Registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional 
no livro: Soneto mar e outras

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A ilusão se desfez na minha mão...


Ouso expor o amor num pano vazio
Nele vou desenhar sonhos que almejo
A agulha vai rasgando e fica o fio
Eu vou bordando a vida que desejo

Vai surgindo o horizonte que copio
Um pássaro no meu céu, belo ensejo!
Vou navegando nas águas de um rio
Sentimentos afloram e versejo

Saudade do que nunca vou rever
Está no pano, lágrima a escorrer!
Queria o sorriso e só veio solidão

E de súbito tudo perde a cor
Quis desenhar o amor e aqui está a dor!
A ilusão se desfez na minha mão...

Janete Sales Dany
Poema@protegido por lei
Registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional 
no livro: Soneto mar e outras

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Soneto Livro Triste - Decassílabo Heroico


No meu livro da vida não tem mar
Nele não vejo o céu se apresentando
Sequer há brilho ali dentro do olhar
O meu sorriso vivo procurando

Lendo e relendo quase até cegar
Linhas em branco vão me perturbando
O tempo roubou sem dó o verbo amar
O abraço que adorei foi se afastando

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

JADE NASCEU


O sol nem bem despontou e nasceu a Jade
A família ficou radiante com a novidade
Dançavam e festejavam de felicidade
Mais um ser que viverá a alegria da liberdade
Renascer em cada manhã e amar a claridade!

A notícia se espalhou no acampamento, percorreu...
Vejam esta é a Jade! Linda menina que nasceu
Imagem do amor e do olhar do pai a lágrima desceu!
Tanto carinho ela recebeu que logo adormeceu
Sorriu e sonhou no colo que a mãe ofereceu


Naquela bela manhã surgiu a esperança,
E é sempre assim quando nasce uma criança...
A alegria chegou e nem bem despontou o dia
Sabiam que a Jade já nasceu amando a natureza
Cigana que é Cigana, ama a vida com certeza!
Janete Sales Dany
Poema @todos os direitos reservados



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