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terça-feira, 19 de junho de 2012

Um poema encantado...


O poeta enlouqueceu 

sufocado com as palavras que não conseguia usar

Elas brincavam dentro dele, 

querendo sair e desejando se expressar

Contudo eram desconexas, brigavam entre si e não rimavam

Ele não conseguia jogá-las para fora 

porque não diziam nada e não se combinavam

 

O que fazer com tantas palavras guardadas 

e sufocadas no seu interior?

Eram belas e conflitantes, falavam do ódio, 

da paz, da guerra e do amor

Com lápis e papel na mão, os dedos tremiam, 

pois não conseguia poetar

E lágrimas de desespero nos olhos do poeta,

  queriam se aflorar

 

Ele adormeceu e sonhou com as mesmas palavras, 

segurando com força as folhas de papel

E no sonho então passou a escrever, 

os mais lindos versos nas nuvens no céu

Utilizou todas as palavras 

que antes eram absurdas e sem razão

Nunca escreveu um poema,

com tanta destreza e imaginação!


Então o poeta despertou sorrindo 

e escreveu o que havia sonhado

Havia graciosidade no conjunto das palavras, 

um poema encantado!

E agora as lágrimas eram de contentamento, 

pois surgiu dele uma nova poesia

Poeta que é poeta faz versos até em sonhos 

e tem duas vidas, a real e a da fantasia...

 

Janete Sales (Dany) 

 

 

Cumulus Nimbus HD


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O trabalho Um poema encantado... de Janete Sales Dany foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.


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Setembro 2012
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a minha participação na 28ª Antologia "LOGOS" - 
Novembro 2017, da FÉNIX, com um total de 380 brilhantes 
participações de 16 países(dos quais 20 são novos autores)

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