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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ah poeta, você fantasiou de novo o que não viveu!

 
Porque quando um poeta escreve poemas melancólicos, 
as pessoas procuram um pranto no rosto dele?
Às vezes não encontram e isto parece até ironia
 porque ele pode estar sorrindo!

E se ele acabou de escrever um poema 
que fala de otimismo, me diz porque
 muitos procuram no rosto do poeta um sorriso?
Às vezes não encontram e se surpreendem 
ao ver que ele tenta inutilmente esconder uma lágrima!
 


Muitos menosprezam que até mesmo um poeta plebeu,
pode tecer poemas dizendo que possui riquezas, 
sem nunca as ter tido!
Ele pode afirmar em versos 
que teve uma noite de muito sexo
 e ainda ser virgem!
E em escritos o poeta às vezes se diz miserável, 
porém na realidade ele pode ser um milionário!
Não julgue o que o poeta compõe, 
ele jamais conseguiria escrever com maestria 
estando limitado!

Ele viaja por constelações, 
atravessa o mar das loucuras humanas 
e volta para si próprio; 
um mundo tão intimo e só dele!
Não queiram podar as palavras do poeta
 com comparações, 
pois o pensamento dele navega alem do que ele vive! 
No mundo tudo aconteceu e está para acontecer 
e o poeta desenha na imaginação o que vê e o que não vê!
E nos poemas ele quer ser livre 
para ser tímido ou malicioso e covarde ou corajoso;
pobre ou rico e perdedor ou ganhador; 
obsceno ou moralista e injusto ou verdadeiro!

É só a inspiração do momento,
 louco estaria o poeta 
se vivenciasse tudo o que ele escreve!
 Ele pode escrever que está vivendo um grande amor
porém a noite quando ele vai para a cama
a solidão se faz presente!

 
Ah poeta, você imaginou o que não existe!
 

Respeite a liberdade daquele 
que vai a procura de lágrimas e sorrisos alheios!
Caso contrário se não acolherem esta observação
 não venham dizer depois que o poeta é mentiroso!

Janete Sales - Dany 








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O trabalho Ah poeta, você fantasiou de novo o que não viveu! de Janete Sales "Dany" foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

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