Numa noite de Natal ele vagava pelas ruas
Extasiado, olhava todas as vitrines reluzentes
Buscava em vão um sorriso gratuito de toda aquela gente
O olhar estava cansado; onde estaria a paz?
Ele analisava um mendigo numa praça qualquer
E se entristecia, pois não via um olhar de piedade sequer!
Extasiado, olhava todas as vitrines reluzentes
Buscava em vão um sorriso gratuito de toda aquela gente
O olhar estava cansado; onde estaria a paz?
Ele analisava um mendigo numa praça qualquer
E se entristecia, pois não via um olhar de piedade sequer!
Ele se estarrecia com o trânsito nas estradas
Havia quem bebia álcool e celebrava o Natal
E depois convertia o carro numa máquina infernal
O ouvido apurado ouvia algumas frases obscuras
-Eu tenho mais, eu sou mais; eu sou o maioral!
Elas produziam ecos horrorosos na noite de Natal
E aflito ele olhava as desavenças familiares
O pai ofendia o filho e o filho insultava o pai
Num horizonte como este até um anjo se esvai!
Ele analisava o preço absurdo das coisas
Era Natal e qualquer quantia era bem-vinda
Porém, Isto tornava o pobre mais pobre ainda!
Havia quem bebia álcool e celebrava o Natal
E depois convertia o carro numa máquina infernal
O ouvido apurado ouvia algumas frases obscuras
-Eu tenho mais, eu sou mais; eu sou o maioral!
Elas produziam ecos horrorosos na noite de Natal
E aflito ele olhava as desavenças familiares
O pai ofendia o filho e o filho insultava o pai
Num horizonte como este até um anjo se esvai!
Ele analisava o preço absurdo das coisas
Era Natal e qualquer quantia era bem-vinda
Porém, Isto tornava o pobre mais pobre ainda!
E o povo alucinado comprava e se empurrava
Era uma correria contra o tempo; era dia de Natal!
Aquilo tudo parecia um delírio; ignoravam o essencial!
Era uma correria contra o tempo; era dia de Natal!
Aquilo tudo parecia um delírio; ignoravam o essencial!
E perseverante ele procurava pela paz
Ele ficava em prantos ao ver tanto desatino
Jamais alguém vai perceber que quem soluçava era o...
Espírito Natalino!
Numa noite de Natal ele vagava pelas ruas
Ele rezava; impressionado com o próprio destino!
Quem sabe alguém se lembraria dele no bater dos sinos?
Ele ficava em prantos ao ver tanto desatino
Jamais alguém vai perceber que quem soluçava era o...
Espírito Natalino!
Numa noite de Natal ele vagava pelas ruas
Ele rezava; impressionado com o próprio destino!
Quem sabe alguém se lembraria dele no bater dos sinos?
Janete Sales Dany
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O trabalho Na noite de Natal ele pode estar vagando pelas ruas de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Com esta poesia participei no portal do CEN:
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