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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Muitos abutres estão à espera da morte humana.





Céu de estrelas

Olhos alucinados querendo comê-las

Não é invenção; é a fome que causa alucinação!

Lágrimas nos olhos, padeceu a esperança; agora...

Grito de mãe, um filho morreu; vendo isto, ela chora...

A terra é imensa; tanta riqueza mal repartida...

Seres gananciosos que mal se importam com uma vida!

Alguns dirão que é superpopulação; não, é falta de compaixão...

Há o desperdício que poderia ser revertido para os que nada têm

Existe a politicagem que não olha para ninguém, pois não convém!

Enquanto o mundo cria armas nucleares; vidas vão pelos ares...

Mentes dominadoras querem impressionar o mundo inteiro

Pense bem, se fosse usado para matar a fome, todo este dinheiro...

Lágrimas e vidas seriam poupadas; várias bocas seriam alimentadas!

O que aconteceu ser humano? Prefere ouvir os estouros das granadas?

Eritréia, Burundi e Comores lideram a fome mundial. Eu li no jornal!



Vi a criança no Sudão da África sendo espiada por um urubu; meu Deus!

Foi uma foto, mas isto desentranhou tantos mares, dos olhos meus...

O bicho esperava a morte da criancinha faminta; ele queria o alimento!

Os que não tem piedade são idênticos; enriquecem com atos sangrentos!

É triste. Há aquele que parece bestial. Vê a fome alheia como normal!

Muitos abutres estão à espera da morte humana. Quem é o animal?

Janete Sales Dany 
Poema @Todos os direitos reservados
Registrado e imortalizado 
na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Licença Creative Commons
O trabalho Muitos abutres estão à espera da morte humana. de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 Prêmio
Participei com esta poesia no grupo da Peapaz:
Biopoesia n° 1: A fome no Mundo

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