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domingo, 26 de abril de 2015

Anjo do amor que tinha a liberdade de ir e vir


Princesa linda que vivia presa na torre de um castelo
A única visita que a acalentava era um pássaro amarelo
Nas manhãs ele chegava trazendo um pouco de emoção
Ela ficava sorridente ao sentir abrandada a cruel solidão

Estava presa porque o rei tinha por ela um ciúme doentio
Ela quase não sorria, pois viver assim era um grande desafio
Através das grades ela observava o arco-íris depois do temporal
Suspirava quando assistia cenas de amor de um belo casal



Imaginava que corria num campo aberto repleto de flores
Ia colhendo e enfeitando o cabelo com todas aquelas cores
No outono fitava a folha que de longe via caindo no chão
Sorria ao ver as crianças que faziam da chuva uma diversão

À noite a solidão aumentava e cada estrela no céu ela contava
Na escuridão o pássaro nunca aparecia e sozinha ela adormecia
Sonhava com um príncipe lindo que chegava sempre sorrindo
Logo de manhã, a realidade, acordava do sonho e via a verdade...


O que ainda a deixava viver era o pássaro cantando no amanhecer
Escrevia bilhetes para que ele carregasse para bem distante dali
Um pedido de socorro, quem dera um dia alguém pudesse a acudir!
Quando o pássaro se distanciava a princesa olhava e chorava...




Anjo do amor que tinha a liberdade de ir e vir; livre para existir!
Através das grades ela via a afeição se distanciando no elevado
Queria ter forças para destruir aquela prisão e ir embora...
Seria livre para andar na estrada da vida e contemplar a aurora!


Numa manhã, ela estranhou, pois o pássaro não veio fazer canção
E por entre as grades ela avistou que ele estava preso num alçapão
Aquela imagem para ela era como um punhal atravessando o coração
Prenderam numa gaiola o único remédio para a pesarosa solidão

Nas manhãs não mais havia aquele encontro que trazia a esperança
Deveria ser um pesadelo que estava querendo roubar a confiança
Porém a dura realidade começou a mostrar que tudo era verdade
O pássaro amarelo, nunca mais apareceu na torre do castelo..
.

Janete Sales Dany
Participei do certame Antologia e imagem Epa
Com este poema no dia 17/04/2015 as 12:06
Poesia @Obra protegida por lei


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