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domingo, 16 de agosto de 2015

Espero por um porvir que não vai existir





Esperei pela lua
Porém a noite foi escura
Esperei pelo nascer do dia
E não surgiu a luz que eu tanto queria
Vivo numa espera que não tem fim
Abandonei a vida, ou ela se esqueceu de mim?
No silêncio das minhas horas a alma chora
O mundo não percebe o meu olhar que implora
Esta solidão que eu criei vai roubando meu ser
Todos os dias espero que algo possa acontecer
Quando caminho nas ruas fico procurando o que perdi
Ando nos mesmos lugares e parece que nunca estive ali
O mundo está distante da minha mão
Não ouço voz e nenhuma canção...

Não sei dizer palavras que alguém possa ouvir
Será que o amanhã trará uma razão para eu sorrir?
Às vezes olho no espelho e tento me encontrar
Eu me perdi nesta espera ou roubaram o meu olhar?
Fico aguardando por algo que eu nem sei
Quem sabe nasçam flores nas ruas que pisei
Não reconheço qual é o meu defeito...
Apenas sei que existir assim dói dentro do peito
Este tormento clama a todo instante em meu ser
Só que fora de mim eu não deixo acontecer...
Sou exílio que não quer alguém por perto
Controlo o terreno do meu deserto!
Espero por um porvir que não vai existir
Então, deixo a lágrima cair...

Janete Sales Dany 
Licença Creative Commons
O trabalho Espero por um porvir que não vai existir de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 Prêmio que recebi da Amada Peapaz
  Poetas e Escritores do Amor e da Paz, 
Antologia Imagem e literatura 60

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