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domingo, 11 de outubro de 2015

Soneto Criança Abandonada

Imagem site Pixabay

Terei nascido num lugar sem gente?
Sou sozinho, quem pode ser meu pai?
Sempre invento uma mãe na minha mente,
pode ser Natal, mas o pranto cai.

Alguém afirmou que sou má semente,
Se me aproximo todo mundo sai...
O sol queima o meu rosto e como é quente!
Querem me rejeitar e a fé se esvai.
Se mostro que sou bom, eu sou fingido!
Não sou marginal, sou ser esquecido.
Descanso no chão... Tenho tanta fome!
Não sei ler e não posso ser um réu.
As nuvens mostram frases lá no céu,
tento decifrar qual é o meu nome...

Janete Sales Dany
Poema@protegido por lei
T5411658
São Paulo - Brasil 23:15hs
Poema registrado e imortalizado na Biblioteca Nacional
No livro " Cântico da eternidade e outras" Página 05
Licença Creative Commons
O trabalho Soneto Criança Abandonada de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.




Terceira Imagem:
Saudades de Nápoles (1895). Pintura de Bertha Worms.
A obra retrata um menino italiano engraxate,
figura bastante comum nas ruas de São Paulo na época.

2 comentários:

  1. Que soneto lindo ....
    porém triste .
    Uma criança abandonada não conhece o amor
    será um adulto que não saberá amar
    Em consequência , pode até ser agressivo ou quem sabe violento.
    Uma pena !
    abs
    Kiko

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    Respostas
    1. Bom dia amigo Kiko!
      Agradeço a presença
      Fico feliz que tenha apreciado as minhas linhas...
      Concordo com o que disse!
      Volte sempre
      Grande abraço

      Excluir