A escassez me consome neste instante,
minh'alma pede amparo em cada olhar
Ferem meu universo suplicante,
martírio que jamais posso encarar...
Soberba que só lesa o semelhante,
perdi o viço e vivo a suplicar...
A dor dissimulada em meu semblante,
reprimi para não me devastar.
Pereci, quando vi que tanto faz,
para alguns pouco importa a minha paz.
Esperanças escorrem no cimento...
Prantos dos olhos tristes como os meus —
tantas noites clamando para Deus...
E se chove... o céu viu esse lamento!
Janete Sales Dany
São Paulo- Brasil
25/08/2016
T5740004
T5740004
Soneto@protegido por lei

O trabalho Soneto Lágrimas do Céu de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
