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sexta-feira, 9 de abril de 2021

VISÃO MELANCÓLICA

Em busca do passado que sorria,
contemplo a tua face e surge o grito:
–Amor, jamais me esqueça, eu necessito
das horas de aconchego e sintonia...

Imploro, quando sinto a nostalgia
do amor que foi perdido no infinito.
Aos poucos, verto a mágoa neste escrito
e crio o anoitecer na aurora fria.

Padeço, ao ver a alcova destruída —
lugar em que a impiedade da saudade
revela o que senti na despedida.

Neste fervor profundo que me invade,
sinto o fulgor no fôlego da vida...
Sou prisioneira desta castidade.

Janete Sales Dany
Soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
Conteúdo autoral, 
protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.
MÉTRICA RITMO BINÁRIO
Soneto decassílabo Heroico

ESQUEMA DE RIMAS:
Quartetos: ABBA - ABBA
Tercetos: CDC - DCD

ATIVIDADE 
FÓRUM DO SONETO

INTERAÇÃO COM O SONETO: 
* TRILHA XXXII - FAGUNDES VARELLA *
T7227589

EU PASSAVA NA VIDA ERRANTE E VAGO

Eu passava na vida errante e vago
Como o nauta perdido em noite escura,
Mas tu te ergueste peregrina e pura
Como o cisne inspirado em manso lago.

Beijava a onda num soluço mago
Das moles plumas a brilhante alvura.
E a voz ungida de eternal doçura
Roçava as nuvens em divino afago.

Vi-te, e nas chamas de fervor profundo
A teus pés afoguei a mocidade,
Esquecido de mim, de Deus, do mundo!

Mas, ai! Cedo fugiste!... da soidade,
Hoje te imploro desse amor tão fundo
Uma ideia, uma queixa, uma saudade!

Fagundes Varela

Em áudio no Recanto das Letras:


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