Ando no cemitério - o passo é lento -
mas a interrogação, jamais estia...
Piso na terra fofa, sem alento,
sinto que a morte é fria e tão sombria!
Sem medo, ostento um riso truculento -
a vida nunca foi o que queria...
Mas via sempre o azul no céu cinzento,
o que temer se a luz de Deus me guia?
No meu enterro, quero o trivial...
Na lápide, um sorriso colossal,
eterno e, logo abaixo, escrito assim:
"A vida de um poeta não tem fim...
Sei que, hoje, sou poema no infinito,
em cada verso meu, eu ressuscito!"
Janete Sales Dany
Soneto@ Todos os direitos reservados
Obra Protegida - Lei nº 9.610/98.
TRILHA XLVIII
Código do texto: T7384024
LÚGUBRE COM EPITÁFIO
Atividade FÓRUM DO SONETO
Critério: Sonetos em temática lúgubre
e que contenham, no seu bojo,
uma inscrição, ou trecho, tumular (epitáfio).
Piso na terra fofa, sem alento,
Pi/so/ na/ te/rra /FO/fa,/
sem/ a/LEN/to,
SÍLABAS TÔNICAS: 6 + 10
Soneto Decassílabo Heroico
Soneto LÁPIDE DE UM POETA
Exemplo de rima rica:
Primeira estrofe:
LENTO- Adjetivo / ALENTO - Substantivo
ESTIA - Verbo / SOMBRIA- Adjetivo
Diferença entre rima rica e rima pobre:
Rica: Palavras que rimam são
de classes gramaticais diferentes.
Infinito- Substantivo/ Ressuscito- Verbo
Pobre: Palavras que rimam são
de classes gramaticais iguais.
Coração-Substantivo / Canção-Substantivo
O trabalho LÁPIDE DE UM POETA de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional.
Soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
Conteúdo autoral,
protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.
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