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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

A MORTE


Meus passos calmos nunca são sentidos,
por isso, quando chego, assusto o mundo...
Antes do fim, sussurro nos ouvidos
dos que terão o sono mais profundo.

Sou a que cala todos os gemidos,
a que elimina o fértil e o infecundo.
Sou a razão dos túmulos erguidos,
pois todo sonho empurro para o fundo...

Sou a Rainha Morte, a desmedida,
a que caminha sempre sem parar...
Sou a que faz alguém perder o par!

Mas vejam que jamais ceifei a vida.
Não há o fim, percebo sem demora: 
a essência se eterniza a cada aurora!

Janete Sales Dany

Soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
Conteúdo autoral, 
protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.

Atividade ABRASSO
Compor um soneto 
decassílabo heroico em PROSOPOPEIA, 
(figura de pensamento ou personificação).



Exemplos de prosopopeia:
A saudade me abraça e olha nos meus olhos.
Sou o tempo que corre desprezando a dor.
Este espelho sempre sorri, é meu amigo.
O ódio me cercou e eu não dormi.
O rio está triste, pois não há mais peixes.
Saudade, tempo, espelho, ódio e rio...
são seres inanimados e 
ganharam características humanas: 
A saudade abraça, o tempo corre,
o espelho sempre sorri, o ódio cercou,
e o rio está triste.


Licença Creative Commons
O trabalho A MORTE de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional.

Autora convidada na III E-Antologia de Poesia Retrô (participação com 4 sonetos: A Morte, Lacunas da Alma, O Grito e Reconstrução).

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