Trago no olhar o horror do imenso medo
que me ameaça e, sempre que me invade,
desanca o tempo que antes era quedo,
deixando sem razão qualquer verdade!
Um grito mudo surge e um gosto azedo,
dentro da boca, acirra a ansiedade,
nesse perecimento eu só me excedo
e a paz etérea que sonhei se evade.
Em cada vulto vejo um inimigo,
no que era azul impera um fogaréu,
tudo me afeta, até a cor do céu!
A realidade não está comigo,
não sigo, não respiro, perco o norte,
só grita em meu semblante a dor da morte.
Janete Sales Dany
Atividade
FÓRUM DO SONETO
(https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7614363)
TRILHA DE SONETOS
LXXVI- DIÁLOGO COM A
PINTURA
Link na imagem
"O GRITO - 1893",
de Edvard Munch.
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Grito
O Grito (em norueguês: Skrik)
é uma série de quatro pinturas do norueguês
Edvard Munch, 1893.
Autora convidada na III E-Antologia de Poesia Retrô
(participação com 4 sonetos:
A Morte, Lacunas da Alma, O Grito e Reconstrução).
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