Ele carregava um semblante
triste e desolador
triste e desolador
A sensação era de que ele
não conhecia a palavra amor
não conhecia a palavra amor
E nas ruas ele não observava
a ternura das crianças
a ternura das crianças
Elas brincavam e estavam a sorrir
Nem mesmo o sorriso delas
conseguia lhe distrair!
conseguia lhe distrair!
Ele passava por lugares floridos
Não percebia que às vezes
pisava numa linda flor
pisava numa linda flor
No mundo dele não havia nitidez e cor!
Insensível também a dor alheia
Olhava com ódio se alguém
lhe estendesse a mão
lhe estendesse a mão
Carregava um coração endurecido,
sem nenhuma emoção!
sem nenhuma emoção!
Nem mesmo um arco Iris possuía beleza
Ele só enxergava nuvens escuras
Estava vivendo momentos de loucura!
Ele padecia ao ver imagens
que surgiam do passado
que surgiam do passado
Ele destruía o presente
com lamúrias de outrora
com lamúrias de outrora
E fatalmente assassinava
o futuro a toda hora!
o futuro a toda hora!
Nem mesmo um lago parado
conseguia lhe acalmar
conseguia lhe acalmar
Neste desenho ele enxergava
ondas imensas
ondas imensas
E o que era sublime
ele tratava com indiferença!
ele tratava com indiferença!
Ele não olhava a claridade das estrelas
Não observava a chuva
umedecendo a terra
umedecendo a terra
A sensação é que ele estava
a caminho da guerra!
a caminho da guerra!
Introspectivo, ele andava
num terreno só dele
num terreno só dele
Onde habitavam os monstros do passado
Preso por algo sem conserto,
num mundo perdido e alienado!
num mundo perdido e alienado!
Ele dava as costas para o sol
E rejeitava o que era belo
Ele pressentia que estava ficando cego!
Ele rezava todas as noites
à procura de socorro
à procura de socorro
E ao rezar o raciocínio dele
caminhava para a escuridão
caminhava para a escuridão
Ele se entregava as mágoas
que lhe habitavam o coração!
que lhe habitavam o coração!
Certa noite ele dormiu rezando
Sonhou que a morte havia chegado
E que tinha perdido tudo
e que estava sendo enterrado!
e que estava sendo enterrado!
No desespero ele quis ver
o sol nascer de novo
o sol nascer de novo
E desejou enxergar
o sorriso de uma criança
o sorriso de uma criança
E no sonho ele clamou com receio
da morte lhe abraçar
da morte lhe abraçar
Ele se viu sucumbindo
nas profundezas do adeus
nas profundezas do adeus
E nesta hora ele implorou por Deus!
Já era de manhã quando ele finalmente
despertou de um sonho
desvairado
Ele abriu a janela do quarto
e observou um pássaro voando no
céu de anil
E aconteceu um milagre;
o homem triste sorriu!
Janete Sales - Dany
Poesia Registrada e imortilizada
na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
No Livro: Eu vou abraçar a vida e outras
Página: 22 Registro:606038
Imagens MorgueFile
O trabalho O homem triste sorriu! de Janete Sales Dany foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
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Com esta poesia participei:
LOGOS Nº 3
LOGOS Nº 3
Julho 2013
FÉNIX
GIF FEITO NO PROGRAMA PHOTOSCAPE
FOTOS SITE PIXABAY:
https://pixabay.com/
Bom dia !
ResponderExcluirÉ uma alegria te visitar e encontrar trabalhos encantadores como esse.
Parabens pelo talento.
beijos
sinval
Olá Sinval!
ExcluirÉ com muita alegria que eu recebo a sua visita!
Que ótimo que você apreciou este meu post!
Foi feito com o coração!
Muito obrigado amigo!
Volte sempre!
Beijos