Uma poça d'água esquecida do outro lado do morro
Sofria uma solidão aguda, não era nada e pedia socorro!
Bem perto dela havia um rio que esbanjava propriedade
Visitado, amado e falado por toda a cidade...
Anos e anos se passaram e a poça d'água chorava e reclamava
O rio ria alto, queria mostrar a vantagem em que se encontrava
O sol sempre chegava querendo roubar a pouca água da coitada
O rio ria mais alto ainda, criava um eco no tempo que se passava
Nada é eterno neste mundo
Sofria uma solidão aguda, não era nada e pedia socorro!
Bem perto dela havia um rio que esbanjava propriedade
Visitado, amado e falado por toda a cidade...
Anos e anos se passaram e a poça d'água chorava e reclamava
O rio ria alto, queria mostrar a vantagem em que se encontrava
O sol sempre chegava querendo roubar a pouca água da coitada
O rio ria mais alto ainda, criava um eco no tempo que se passava
Nada é eterno neste mundo
e um dia o inevitável aconteceu...
Ventania e chuva, sempre levam
Ventania e chuva, sempre levam
o que não é meu e o que não é seu!
Depois do dilúvio as águas dispersaram
Depois do dilúvio as águas dispersaram
e brotaram em outros lugares
A poça d'água se transformou em um rio
A poça d'água se transformou em um rio
e a água do rio foi pelos ares!
Só que a felizarda ficou quietinha
Só que a felizarda ficou quietinha
e nem festejou; pois se lembrou...
Que o antigo rio contava muita vantagem
Que o antigo rio contava muita vantagem
e agora sofre a estiagem
Tem gente que vive assim; rindo alto
Tem gente que vive assim; rindo alto
e se vangloriando de besteira!
Somos como um rio...
Um dia repleto de alegria;
Somos como um rio...
Um dia repleto de alegria;
noutro tudo se vai pela corredeira!
Janete Sales Dany
Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
O trabalho Nós somos como um rio... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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