Eu sentia a
alegria...
O azul do
céu era tão vivo que os meus olhos doíam
No
alaranjado do arrebol as tardes se despediam...
No chão dos meus caminhos as flores se abriam...
E o vento
espalhava as sementes que caiam...
O meu olhar
assistia o colorido que nascia!
Aquilo tudo
era o que eu mais queria!
Então,
chegou a solidão...
O céu
escureceu e me cobriu de breu...
No elevado
acinzentado a tarde se perdeu
Nas trilhas
do meu chão a esperança morreu
O vento
espalhou o pranto que escorreu
O meu olhar
assistiu o vazio que nasceu!
Expirou o dia;
eu perdi o que eu mais queria!
Virei um coração
vazio...
Um ano sem
verão destruído por um olhar frio...
No horizonte
um corvo oscila na minha direção
Ouço na
estrada o que já foi uma canção
A ventania embaralha
as folhas secas do outono...
Os meus
olhos cansados são reféns do meu sono...
É o fim da
poesia, a noite arredia venceu o dia!
Janete Sales Dany
O trabalho É o fim da poesia de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário