Eu escrevo esta carta com um pranto sem fim...
O coração está pequeno quase sumindo dentro de mim!
Você se lembra das vezes que eu te peguei no colo?
Faz muito tempo, tanto, mas eu guardo estes momentos...
E se lembra das vezes em que eu enxuguei as tuas lágrimas?
Hoje as minhas caem, e são tão solitárias! Ninguém as enxuga!
Você se recorda de todo carinho que eu te ofertei?
Quando chorava nas madrugadas, o teu berço, eu balancei...
Você se lembra do meu contentamento ao te ver sorrir?
Hoje trago um olhar envelhecido e perdi o meu sorriso...
Uma visita do seu amor é o que eu mais preciso!
Olho a chuva fina que cai sobre a janela deste asilo...
É o pranto da vida, dizendo assim:
Eu sei que estas linhas jamais serão lidas
Não existe destinatário, pois o endereço é uma ilusão...
Escrevi várias cartas que nunca chegarão...
E sempre que escrevo coloco muita emoção...
Todos os envelopes são enfeitados com um lindo coração...
Estão lacrados até hoje esperando as tuas mãos!
ASSINADO:SOLIDÃO
São Paulo - Brasil
O trabalho O endereço é uma ilusão de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Participei com este poema na Antologia e Imagem
EPA " ENCONTRO DE POETAS E AMIGOS"
do mês de novembro,
cujo o tema era " A CARTA"
Boa noite querida Rita!
ResponderExcluirSim, muito tristes...
Obrigada pela linda presença
Volte sempre
Abraços