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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Você me adotou e a morte nos separou...


Você se foi e agora eu não posso lhe esperar...
Fiquei sem dono e eu só quero lhe encontrar...
Não existe mais aquela alegria da chegada...
Do meu latido de farra e o som da sua risada!

Suas ordens eram leis; eu sempre obedecia...
O seu assovio era único; a mais bela melodia...
O meu uivo inútil ninguém pode compreender
Você nunca vai ouvir e eu não vou lhe esquecer



A nossa conversa era através do meu olhar...
Eu sorria com ele, quando queria brincar...
Eu chorava com ele, para lhe impressionar...
Hoje, não há o que olhar; nem rabo a abanar!




Eu já lhe procurei nos lugares das recordações
Fui às casas que nós fomos; fui aos porões!
Você não me deixou porque quis, eu bem sei...
Está debaixo daquela cruz que eu encontrei!

Você teve que ir, e eu, ainda estou aqui...
Quem vai brincar comigo e me dar abrigo?
Quem vai me levar para passear de tarde?
Estou desorientado; o meu dono foi levado!

Você me viu crescer; sabia me proteger...
Eu cresci do seu lado e com muito agrado!
Você me adotou e a morte nos separou...
Eu queria ir com você; porque não me levou?

Janete Sales Dany
Poesia registrada e imortalizada
na Biblioteca Nacional
Todos os direitos reservados

Obra protegida
Licença Creative Commons
O trabalho Você me adotou e a morte nos separou... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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