Como
esquecer as horas em que vi minha alma?
Distante de toda
esta glória perderia a calma
Se eu cismar
em correr ficarei incompleta
Como
renunciar esta minha alma poeta?
Que só
consegui encontrar quando senti dor
Que se
aflorou mais ainda na procurar do amor
Que se
perdeu em noites de inegável solidão
Aos poucos
me puni ao revelar meu coração
Como
abandonar as letras evidentes no meu céu?
Como apagar
tantos sentimentos num papel?
Como avançar
sem o fascínio dos meus versos?
Eu me
rasguei e me reduzi em outros universos
Fui semente rompendo
o chão para ostentar a flor
Senti a dor no
meu íntimo ao pretender tanto amor
Nas incertezas
a certeza de ao menos estar vivendo
Mesmo que
sofrendo ao ver o pranto escorrendo
Como controlar
estas vozes dentro de mim?
Formigando,
eu dizendo não e elas dizendo sim!
Provei das
lágrimas nos olhos que não eram meus
Morri muitas
vezes, porém nunca disse adeus...
Perdi as
vestes e supliquei por carinho
Eu me
transformei num pássaro sem ninho
Tracei vendavais
para mostrar os esquecidos
E chorei
porque muitos não me deram ouvidos
Falei
sozinha tentando atingir a multidão
Ignoraram
que trazia a minha alma na mão
Sigo com uma
flecha enterrada no meu coração
O sangue que
se esvai é poesia repleta de emoção
Janete Sales Dany
Poema@protegido por lei
26/03/2016
T5585914
Poema@protegido por lei
26/03/2016
T5585914
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Poesia Pensamento esmagador
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