Borboletas,
muitas borboletas...
Uma menina
colecionava, amava...
Em cada
folha do caderno ela colava
Apreciava o
jardim à espera da beleza
Ao ver,
prendia as asas com firmeza...
Com cola,
fixava a atração no papel!
Presa para
sempre e adeus ao céu
Eram todas
dela e de cores infindas...
Sorria ao
vê-las, eram tão lindas!
Escondia da
mãe aquele tesouro
Havia uma
enorme na coleção
Asas
brilhantes da cor de ouro
Apertava o
caderno no coração
Acervo mais
belo do mundo
Sentia um
orgulho profundo
Aconteceu um
dia de felicidade
Conseguiu
prender dez...
Não percebia
a ruindade!
De noite adormeceu
sorrindo...
Era a
borboleta da cor dourada
Sobre o
caderno e estava parada
O brilho era
tão intenso que quase cegava
Esplendor
que doía o olhar...
De súbito
começou a voar
As asas
ficaram imensas e se batiam...
As folhas do
caderno passaram a se levantar
E de lá as
borboletas mortas saiam voando
Eram muitas
e a menina foi se assustando
Meu Deus, as
borboletas estavam chorando!
Borboleta
não chora, a menina pensava...
Queria
acordar do pesadelo, mas não acordava!
Gritava por
socorro, e sentiu uma mão...
A mãe estava
do lado, acordou então!
Foi um sonho
ruim, disse a menina...
Depois desta
noite nunca mais fez a maldade
Borboleta
solta para ela é a felicidade
E por
incrível que pareça não dá para acreditar...
As
borboletas sumiram do caderno, eternamente!
Livres para
sempre. Estão soltas e vão voar...
Nas folhas,
só ficaram o desenho das lágrimas...
Que ela jamais conseguiu apagar!
Janete Sales Dany
20/03/2016
Poema@protegido por lei
O trabalho As borboletas aprisionadas no caderno de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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