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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Casa Velha - Soneto Alexandrino


Entro no meu passado e o monstro ainda existe
E sou muito pequena, o teto é desafeto...
Recomeça a contenda, o olhar se torna triste!
O assoalho mofou, queria a paz bem perto...

Cada parede grita, e cada porta insiste,
esbarra atrás de mim, o meu mundo secreto!
E sou muito pequena, e o monstro sempre em riste...
A casa sobrevive e assombra o meu trajeto!

O forro se derrama em um pranto sem fim
Inunda a minha infância... Escondida num canto!
Sentimento infeliz, cobre a cor do jardim

Um medo que renasce, e apavora a inocência
Tranco a morada velha e acaba o desencanto...
O sorriso retorna e salva a minha essência!

Janete Sales Dany
Exemplo da métrica e elisão
Cada verso com dois hemistíquios
Doze sílabas poéticas
Acentuação tônica na 
sexta e décima segunda sílaba

Quatro estrofes  
Duas de quatro versos
Duas de três versos
Soneto@ todos os direitos reservados
T6930539
Licença Creative Commons
O trabalho Casa Velha - Soneto Alexandrino de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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