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sexta-feira, 23 de julho de 2021

AUSÊNCIA


A chuva desce, logo que amanhece,
e brinca sobre o campo bem florido
(desconsidera a dor do meu gemido).
A natureza segue... não falece.

A mágoa cresce, o espírito estremece...
Procuro, na existência, algum sentido.
Cadê o amor, aquele colorido?
Quem dera alguém ouvisse a minha prece!

Almejo a florescência do passado
a perfumar a vida, o novo dia.
Há de surgir o sol, neste elevado.

Simulo que alcancei o que queria,
porém o espelho mostra um ser cansado.
Só peço a Deus um pouco de alegria!

Janete Sales Dany
Soneto@todos os direitos reservados
Registrado na Biblioteca Nacional:(696/22)
no livro Presença de Jesus e outras
Conteúdo autoral, 
protegido pela Lei 9.610/98, arts.18 e 24.
T7305514

Métrica exemplo: 

Só peço a Deus um pouco de alegria!
/ pe/ço a/ Deus/um/ pou/co /de a/le/gri/a!
Tônicas nas sílabas  pares
***Ritmo binário***

Soneto decassílabo heroico
Só peço a Deus um POUco de aleGRIa!
Tônicas sempre nas 6ª e 10ª Sílabas
2 quartetos e 2 tercetos

TRILHA XXXIX-
CLÁUDIO MANOEL DA COSTA
Atividade FÓRUM DO SONETO

SONETO LXXX

Quando cheios de gosto, e de alegria
Estes campos diviso florescentes,
Então me vêm as lágrimas ardentes
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.

Aquele mesmo objeto, que desvia
Do humano peito as mágoas inclementes,
Esse mesmo em imagens diferentes
Toda a minha tristeza desafia.

Se das flores a bela contextura
Esmalta o campo na melhor fragrância,
Para dar uma idéia da ventura;

Como, ó Céus, para os ver terei constância,
Se cada flor me lembra a formosura
Da bela causadora de minha ânsia?

Cláudio Manuel da Costa


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