Cai chuva, e
lave o ódio que nasceu da dor!
Molhe sem
distinção este povo multicor
Não deixe o
ser humano viver sem o teu amor
Da água da
fonte todo mundo é merecedor!
Na terra
inteira tem beija-flor
Cai chuva,
sobre o meu rosto!
Lava o meu
medo de te perder...
Mas não se
esqueça dos que te buscam no entardecer
Mil pingos
caiam sobre qualquer nação
Tua natureza
foi feita para lavar a imensidão
Faz a
alegria nascer em qualquer ribeirão!
Cai chuva, sobre
o terreno seco do meu quintal!
Porém não se
esqueça de molhar a terra inteira
Sem tua presença esta vida será passageira...
Não haverá
flores nascendo...
Só a vida
morrendo!
Pranto
escorrendo
Cai chuva de
Deus, e lave o meu lamento!
Para o
terreno árido traga o alento
Lave a dor
dos que te esperam
E assim os
que estão padecendo se regeneram!
Desça com
força sobre o chão trincado
Traga a
alegria de volta ao olhar cansado
Ao te ver
caindo, se sentirá abençoado!
Cai chuva, e em
todo canto!
No solo seco
joga o teu manto
Tudo se
renovará como que por encanto
As tuas
águas pertencem ao nosso planeta
No jardim da
vida molha as asas da borboleta
Lava as folhas
delicadas e aveludadas da violeta
Seja uma canção;
nos telhados de qualquer nação!
Cai chuva, no
planeta inteiro!
Molhe o rico
e o que não tem dinheiro
No sertão
faz sorrir o triste violeiro
A noite é
enluarada e ele toca as mágoas
O céu é de
estrelas; ele suplica por água!
Molha esta
fome com os teus pingos
Traga a
esperança nas manhãs de domingo!
Janete Sales Dany
Todos os direitos reservados
Obra protegida
Janete Sales Dany
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O trabalho Cai chuva e lave o ódio que nasceu da dor! de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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