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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

O RENASCER DA PRIMAVERA

"São duas flores unidas",
que jazem no vaso agora,
que imitam a triste aurora
que marcou as nossas vidas.

Tantas lágrimas vertidas...
e a saudade só piora,
insiste em não ir embora,
acrescenta mais feridas!

Quem dera te ver um dia,
e serenar a agonia,
alterar o que me espera!

Quem dera dormir contigo,
transformar o nosso abrigo
“numa eterna primavera”!

Janete Sales Dany

TRILHA DE SONETOS XC - 
"A DUAS FLORES", DE CASTRO ALVES
Atividade
FÓRUM DO SONETO
Regra: compor Sonetos 
transcrevendo no verso 1
e no verso 14 
os versos de Castro Alves
referentes ao poema parnasiano 
"DUAS FLORES",
sendo livres o ritmo, 
o esquema rimico
e o desenvolvimento do mote.
*******

A Duas Flores

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Castro Alves ALVES, C.,
Espumas Flutuantes, 1870.

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